Eu já disse que gosto muito desse filme desde a primeira vez que o vi? Tenho mania de dizer o nome do filme em inglês, então se acostumem em ler Eternal sunshine of the spotless mind. O título em português é Brilho eterno de uma mente sem lembranças e já tem no Netflix em HD!
Ele é um filme de 2004 que tem o Jim Carrey (Todo poderoso, O mentiroso) e Kate Winslet (Titanic, Em busca da Terra do Nunca) como protagonistas, mas também outros nomes como Mark Ruffalo (E se fosse verdade...) e Kirsten Dunst (Melancolia). O diretor é Michel Gondry.
Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) formavam um casal que durante anos tentaram fazer com que o relacionamento desse certo. Desiludida com o fracasso, Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele. Após saber de sua atitude Joel entra em depressão, frustrado por ainda estar apaixonado por alguém que quer esquecê-lo. Decidido a superar a questão, Joel também se submete ao tratamento experimental. Porém ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os quais ela não participa.
Bem, minha opinião do filme é a de que ele é maravilhoso. Você precisa se atentar aos detalhes, como o cabelo da Clem ou as falas de alguns personagens para ele ficar incrível. Assistir pela segunda vez me deu agora um melhor entendimento das situações.
É um filme muito voltado para o mental. Boa parte dele acontece dentro da cabeça de Joel durante o procedimento, são as lembranças e impressões dele. Por isso há cenas muito surreais e que eu acho esteticamente muito legais. SPOILER: Como, por exemplo, quando as coisas vão se apagando gradativamente.
Mas o meu objetivo não era fazer realmente uma resenha do Eternal sunshine. Na verdade, era discutir uma questão que me intriga sempre que me recordo desse filme:
Porque não é segredo para ninguém que é isso que Joel e Clementine fazem depois da desilusão. Você apagaria da sua vida toda a sua história com um amor que não deu certo, ou com amizades fracassadas e por aí vai?
Eu, Ana Beatriz, não apagaria. Porque, para mim, até mesmo as falhas e as coisas que foram mal sucedidas de alguma forma na minha vida servem de aprendizado. Aquela velha história de que quanto mais erros você comete, menos erros você vai cometer.
Um relacionamento pode não ser visto como um erro, claro. Mas se ele chegou ao fim, como aconteceu com Clem e Joel, houve erros de ambas as partes. Aquela conversa que você não quis ouvir direito do seu companheiro e ele remoeu. Aquela vez que um dos dois furou um compromisso, a escorregada quando você esquece alguma data especial e por aí vai. Acontece, mas desgasta! Isso em casos que não são de traição, não? Porque se houve traição raras são as vezes em que o traído tem uma mínima culpa. E o maior culpado na situação toda é sempre o traidor, convenhamos!
Esse é um grande ponto de questionamento do filme e eu quis trazer para vocês. Mandem suas opiniões aí!