E a desculpa para a ausência é essa: fiquei uma semana em Buenos Aires! Quer saber os detalhes sobre a viagem e os melhores lugares? Cola no blog que vou contar sobre passeios, coisas dispensáveis e indispensáveis e o mais importante: mostrar MUITAS fotos.
Mês retrasado eu fiz 18 anos e mês passado descobri que havia passado para faculdade. Isso tudo ficaria em branco se não fosse minha madrinha, que vinha há muito tempo e em segredo juntando uma graninha para fazer uma viagem comigo. Seria mais simples, mas ela já havia ido a Buenos Aires e ficou com gostinho de quero mais. Todos os destinos no Brasil estavam carérrimos e como a Argentina está em crise (já viram que entrou em calote?), fomos para lá. No geral saiu a um preço equivalente ao Brasil.
Fomos dia 23 de julho. O tempo de avião entre Rio-BsAs foi de 2h50min e foi um voo muito tranquilo, sem turbulências. Nos preparamos para o frio: em Buenos Aires havia previsão de 1ºC. Chegamos cedo na cidade e hospedamo-nos no Hotel de las Americas. Ele fica na Calle Libertad, paralela à 9 de julio (a principal avenida de BsAs). Gostei muito dele, não temos nada a reclamar, e a dica é ficar de olho em sites de hotéis porque foi num desses que conseguimos ótima promoção.
Vou dividir o post em duas partes. A primeira dos 3 primeiros dias e a segunda dos 4 últimos.
Dia 1: Centro
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Vista dos prédios da Avenida de Mayo. |
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Plaza del Congrezo |
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Palacio Barolo sendo visto da Avenida de Mayo |
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Calle Saenz Peña com obelisco ao fundo, vistos da Plaza de Mayo |
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Catedral Metropolitana de BsAs |
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Vista da Plaza de Mayo |
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A Casa Rosada e outros prédios históricos, depois das 18hrs, ficam iluminados. |
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Casa Rosada, sede do governo
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No primeiro dia da viagem, ficamos pelo centro mesmo. Andamos toda a Avenida de Mayo (que liga o Congresso à Plaza de Mayo, onde fica a Casa Rosada). A Catedral, o Cabildo, conhecemos a 9 de Julio, a Avenida Corrientes (onde ficam os teatros, bares e toda a agitação noturna). Estava MUITO frio, então não saímos durante a noite até para descansar e nos prepararmos para a quinta-feira.
A dica: quando for a BsAs, observe bem os prédios históricos da cidade. Eles são extremamente bem cuidados, bem diferente dos mal tratados prédios (mas ainda lindos) do centro do Rio de Janeiro. Na Avenida de Mayo é onde ocorrem as passeatas e principais manifestações políticas e culturais da cidade, então é um lugar bem tradicional com diversos prédios maravilhosos. Olhe para cima.
No segundo dia da viagem, continuamos pelo centro.
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Teatro Colón |
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Plaza Lavalle, com Tribunal ao fundo |
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Plaza Lavalle |
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Dinda na Plaza de la Republica, em frente ao Obelisco |
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Plaza de la Republica |
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Cúpula do Teatro Colón |
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Manzana de las Luces. |
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Vista da Plaza del Congrezo de cima do Palacio Barolo |
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Avenida Mayo com Plaza del Congrezo do Palacio Barolo |
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Farol do Palacio Barolo |
Nesse dia fizemos a visita ao Teatro Colón, que fica da Calle Cerritos, que é a lateral da 9 de Julio. A visita guiada dele é fantástica e a única que achamos possível de ser feita em português. O interior do teatro é maravilhoso. A parte negativa é que no dia que fomos estava havendo teste de luz e o salão principal dele (ou seja: a melhor parte) estava todo apagado. Vimos sombras do que é bonito nessa parte. Custa 150 pesos a entrada.
Atrás do teatro há uma praça com lugares bem bonitos e o Tribunal.
Logo depois fomos andando ao Obelisco, símbolo da cidade. Lá tiramos algumas fotos e nos dirigimos a Manzana de las Luces. Esse é o momento em que eu dou a dica de ouro: não vá fazer esse passeio esperando muita coisa.
No cartaz, dizem que nós entramos pelos túneis que eram utilizados pelos traficantes de escravos para chegar ate o Cabildo (tribunal colonial). Mas depois de visitar uns prédios bem antigos e até interessantes, gastamos 40 pesos para visitar os tais túneis. Era uma descida criada há pouco tempo que dava num pátio de 10 metros quadrados no subsolo. Três túneis saiam dali, e o maior tinha 5 metros de comprimento. Não podíamos acessar nenhum porque havia grades. Ou seja: pagamos à toa porque não é bem o que dizem, estava lotado de turistas falantes e a guia falava rápido. Por haver muita gente, ficou mais difícil acompanhar o espanhol.
Perto da noite, visitamos o Palácio Barolo. É um prédio comercial aberto a visitação. Já foi o mais alto da cidade, com 100 metros. No alto, há um farol que liga a cidade à capital do Uruguai.
O homem que montou o prédio era riquíssimo e louco em "A divina comédio", de Dante Alighieri. Então ele construiu o edifício pensando nas três divisões da obra. Nos primeiros andares, há o inferno. Lá há figuras horrendas, estátuas presas nas colunas que são meio assustadoras e dá para avistar o Purgatório por três círculos que formam uma cúpula. Depois nós pegamos outro elevador (porque o elevador só leva do inferno ao purgatório). Fomos até o último andar do purgatório, que é o 14º. De lá, subimos mais seis andares numa escada super estreita e baixa, em caracol, até ao Paraíso. De lá, podemos ver toda a cidade em 360º. Para ir até o farol, mais dois andares ainda mais estreitos. É tudo de vidro e você tem a sensação de que irá tudo quebrar e você cair em cima da Avenida de Mayo. Recomendo ir na hora do por-do-sol. As visitas começam às 16 hrs. Fizemos a das 17.
Dia 03: Palermo (Rosedal, Planetário, Jardim Japonês, MALBA e Palermo Soho)
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Paseo El Rosedal |
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Paseo El Rosedal |
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Paseo El Rosedal |
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Paseo El Rosedal |
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Paseo El Rosedal |
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Paseo El Rosedal |
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Paseo El Rosedal |
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Paseo El Rosedal |
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Paseo El Rosedal |
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Planetário de BsAs |
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Cerejeiras no Jardim Japonês |
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A foto mais <3 da viagem |
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Jardim Japonês |
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Jardim Japonês |
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MALBA |
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MALBA |
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Tarsila e eu |
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MALBA |
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MALBA |
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Palermo Soho |
Palermo é um bairro de lei quando se vai a BsAs.
Pegamos o metrô (el subte) na estação Tribunales do metrô, linha D. Nós descemos na Plaza Itália, que fica em frente ao Zoológico da cidade. Chegamos aos Bosques de Palermo (que são bem normais, nada de maravilhoso) e fomos ao Rosedal.
O Rosedal é um parque incrivelmente lindo e bem cuidado. Pena que quando fomos ele estava com pouquíssimas rosas (inverno de 1º grau, amigos, lembrem-se). Mesmo assim, é uma delícia visitar seus pátios e caminhar por suas construções e entre chafarizes e fontes.
Fomos ao Planetário da cidade, porém estava tão cheio que nem conseguimos entrar. Ficamos com a foto do lado de fora.
Já o Jardim Japonês é um local incrivelmente lindo, cheio de cerejeiras todas rosinhas e vários pássaros. Impossível não adorar o local. É um passeio ótimo também.
Na mesma rua, há o MALBA, museu da América Latina. É o museu mais incrível que já pude ir. Arquitetonicamente maravilhoso, com laterais de vidro. E há quadros e outras obras da Tarsila do Amaral, Frida Kahlo e vários outros artistas latino-americanos de renome. Há também uma exposição incrível de luzes que não dá para descrever. Fiquei mais de 15 minutos admirando uma luz dançante. Então imagine.
Já Palermo Soho é um bom lugar para almoçar e há uma feirinha mais ou menos. Não há nada de muito notável nesta região do bairro.
Sobre hospitalidade: não fui mal tratada em nenhum lugar de BsAs, exceto um episódio de uma mulher meio maluca em uma loja que cismou que o tal lugar em que ela via bolsas deveria ser unicamente dela. Até o segurança pedir para ela se retirar da loja. Taxistas foram muito gentis, concierges, atendentes. Não peça que eles expliquem muito do prato que você não conhece: eles são péssimos nisso. E lá não tem McFish e o McChicken e Hamburguesa de Pollo.
Procure dominar um pouco de espanhol. Irá ajudar (e muito!) a falar com eles, mesmo eles sabendo que você é brasileiro. E eles falam cache (calle), acher (ayer), macho (mayo). Tudo para eles tem um sonzinho de x. Acostume-se. E sempre fale muito "Gracías", porque como em qualquer lugar do mundo, eles adoram pessoas educadas.
Mais coisas eu falarei em outros posts