Estive pensando sobre o sol de Ipanema e em como teus pés se encaixaram na moldura que meu cérebro montou. Como armadilha, trilha que não quis ser feita pra ser seguida. Existiu num tempo-espaço diferente e voou como se fosse beija-flor — rápida e decididamente.
Se o Sol é laranja já não sei ao certo.
Nem ao mesmo tenho certeza se me amo.
Das certezas que um dia tive, desfiz-me e fiz um bordado bem bonito de incertezas. A agulha que outrora feria-me hoje me desperta o sorriso.
Viver a vida leve dá mais dor de cabeça que imaginara, mas ser feliz em Ipanema ainda faz valer a pena ver o sol se pôr com audácia e um cuidado sublime entre os morros e poder dizer que o Arpoador é logo ali.
Vem ver o mar comigo.
E se amar no meu aconchego, assim como o sol sempre vai se pôr carinhosamente entre os morros de Ipanema.