John Green: o queridinho das adolescentes

John Green_custom-912a0be92914ab07c29e84c0d30a871a90afa9ab-s6-c10


Se você tem mais de 12 anos e menos de 20, usa a internet com frequência e gosta de livros, já se deparou com alguma obra do americano John Green, de 36 anos. O cara é autor de um dos livros mais lidos do ano “A culpa é das estrelas” e tem no ombro o peso de ter escrito também alguns dos títulos que viram a cabeça do pessoal por aí, como “Cidades de papel”, “Teorema Katherine” e “Quem é você, Alasca?”

A explosão de João Verde (em tradução quase livre) no mundo literário deve-se a um mercado que cresce cada vez mais e tem no horizonte jovens adolescentes, que gastam horas na internet durante a Black Friday (como eu) procurando promoções dos mais novos livros desse americano. 

Para mim, o primeiro motivo que tornou o John Green dono do sucesso que tem é a grande sacada que ele teve de escrever utilizando uma versão dinâmica do que nós, adolescentes, queremos encontrar num livro. A leitura é fácil, sem grandes complicações, e bem divertida. 

O segundo e principal motivo é: histórias de adolescentes para adolescentes. Na época da nossa vida em que mais procuramos expandir nossas visões de mundo, as vertentes literárias que olham para o nosso interior e para nossos conflitos hão de ser fórmula mágica do sucesso (com alguma dose de talento necessário para isso, é claro). Quando você lê sobre o Colin em “Teorema Katherine” sabe que é improvável que um menino tenha apenas namorado Katherines durante sua curta vida. E não foram duas ou três homônimas, mas dezenove. E você não precisa vencer o Kranial Kidz para entender que criar teoremas que preveem o curso de um relacionamento podem ser uma furada bem divertida. O lance do John é exatamente esse: as histórias são divertidas (mesmo que com a pontada trágica), envolventes e dizem para adolescentes exatamente o que eles precisam ouvir.

O primeiro livro do Verde que li foi “A culpa é das estrelas” para ser bem clichê mesmo. Para mim o sucesso está aí: no clichê, no lugar-comum que ele sabe avivar. Um bom escritor não precisa de histórias mirabolantes: precisa de uma boa capacidade de identificação do leitor com sua criação. E isso John sabe fazer com maestria. 

Hazel Grace é uma menina como qualquer outra. Quase. Ela tem câncer e algumas limitações na sua vida. John soube dar o tom certo para o problema de Hazel: é claro que você, leitor, se compadece da situação mas nunca da menina. Você não pensa que a menina é uma coitada porque você sabe que ela tem força. Uma construção psicológica da Hazel e do Gus bem feita vai delinear todo o livro que, por mais que tenham te contado que é triste, vale a pena ser devorado (na minha humilde opinião de quase-blogueira). Li em uma noite apenas pela internet. Foi nesse link aqui, em que o livro está num formato parecido com PDF.

Teorema é um livro divertidíssimo e falarei menos dele porque foi meu presente de aniversário de namoro (obrigada, Lucas!).

Esses foram os dois únicos que li porque a bendita Black Friday não permitiu que eu comprasse “Quem é você, Alasca?” ou “Cidades de Papel”. Assim que eu tiver lido todos os dois farei uma resenha aqui no Balbúrdia. 

Você pode encontrar a sessão John Green no Submarino e os livros não são muito caros, apesar de no momento haver indisponibilidade de alguns. Juro que não vão se arrepender de ler.

Confesso que o John não é meu autor preferido (está longe de ser). Mas não há de se negar que o que ele se propõe a fazer (livros para adolescentes) ele faz com maestria. Abençoado seja o John Green que fez um monte de gente tomar gosto por esse hábito maravilhoso que é a leitura.

2 comentários:

Karoline Teodoro disse...

ele se tornou meu queridinho KKKKKKK
aiai, adoreeeei seu blog! Ainda estou aqui apaixonada pelo design ♥♥
Ta de parabéns! Beijos e sucesso

http://apequenaka.blogspot.com.br/

Unknown disse...

Obrigada pelos elogios, Ka! Volte sempre aqui, viu?